domingo, 9 de junho de 2013

Quebra que eu invento
uma forma nova de fortalecer estilhaçado
Vibra com o silêncio que é dúvida
quando discorda de si mesmo

Tudo isso tem um gosto de amor
meio amargo mais que chocolate
um velho fardo que lembra
uma culpa inconformada
abandonada feito música truncada

Quando lembro dessa suposta dor
dou gargalhada em lágrimas de alívio
na melhor forma de trocar de assunto
sem trazer de volta o velho fim

Vendo em fila dupla tudo que não tem preço
sua volta em meus sonhos, sua ida em segredo
Somos mais felizes quando a gente se repete
E repito a vida que deixou em mim
faltei com a paz
escondida em minha alma
e dia ou noite continuo vivo
nesse meu escudo falso

sou filho em minha dor
obrigado pelo azar ou sorte
batucadando todos esses anos
minha falta mais pesada

quando gritei,
você dormia sem me ouvir
fui todo seu sozinho
mesmo escrito com outra mão

nosso choro se foi sem despedida
e triste fui ser feliz sozinho
ao som mais grave que a vida te deixa
bem mais longe de mim

meu tudo só queria por hoje
aquele nosso último olhar
de olhos bem abertos
sem qualquer sofrimento
que viria me dividir
pelo resto... pela vida!