sexta-feira, 10 de maio de 2013

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Pegue o perigo que me alegra
Nessa manhã tão tarde
Ou tome minha maior experiência
e me liberte desse furacão mal educado

Venda destroços infelizes
me leve em brisa solitária
Pois se eu não cair no sono
meu sim terá planos incompletos
Que brigam e mancam
em plena contramão

Beijei, oh novidade...
meu acaso do amanhecer
Fosse blusa ou solidão
lá do verbo que abraça
a próxima fala errada

Que reflete o medo do arco
que sustenta o peso
não fosse a flecha
minha trégua que pisa em contradição

Comerei do Cristo
comedido de caráter
Claro e vidente ou sorrindo calado

Hoje sou feito d'água
que se esvai e acumula
Também madruga e se salga
Em céu de boca nublada
da chuva que disfarça
e machuca minha sede
molhada em cada ventre

Sorrio para o amanhã
Que vejo por essa parede de vidro
Esperando minha entrega
em minas de ouro
refletidas em meu próprio espelho.